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sábado, 16 de junho de 2012

"O Hábito" de Manoel Lima-Meu primeiro Curta-Metragem (2012)

Parte do elenco do curta metragem "O Hábito" de Manoel Lima do qual faço parte. Da esquerda para direita: Marcelo Lombardi, Glória Alves (euzinha), Sérgio Thales, Marcos Coimbra, Carolina Carvalho e Nelson Safranauskas. Mais um sonho se realizando. Fazer cinema!!! Amo a sétima arte...que aliás já devia ter mudado de posição (rsrs)... Também estou assinando a Produção do curta. Daqui há poucos meses estaremos gravando. Depois de pronto o filme será inscrito em Festivais Nacionais e Internacionais de cinema. E quem sabe exibido em salas especiais de cinema aqui de Sampa!! E tenho dito (rsrsr)..Salve, salve!! Gratidão ao arquiteto do universo!!!

Marina Colasanti - Breve e Mudo

"Estou de partida. Breve me mudarei para a curva do teu braço. Busco a terra sem vento, a mansa terra do teu peito. E a batida surda e quente do magma mais profundo para embalar o meu sono. Busco a tranqüilidade da enseada. Já conheci as águas que eu preciso saber. Fui bem além das colunas de Hércules, e há muito descobri que, por mais longe o mar, jamais despenco. Desbravei os mares, lancei-me por entre espumas. Naveguei seguindo as estrelas do céu, contando as estrelas do mar, até chegar a portos dos quais nem suspeitava a existência. Agora é tempo de lançar meus braços’a água, deixando que enlacem nos rochedos ancorando-me ao meu destino. Escolho o teu lado esquerdo , onde me beija o sol poente. E espero que tua mão direita amaine minhas velas. Assim, acima do teu coração, encosto a cabeça. E pequena como um grão, deito raízes. Aprenderei a conhecer-te através da planta dos meus pés, como o cego sabe onde pisa, como o índio que conhece a trilha. Se for mansa a maré das colinas, terei certeza de que dormes, ou pensas em silêncio. Se de repente meu solo se encrespar tangido por um vento só seu, será o frio que te toca. O medo, saberei no tremor subterrâneo. E quando o suor correr farto enchendo rios sem peixes, ameaçando me levar, será tempo de calor, será o verão cantando na tua pele. Aprenderei a tatear-te com as mãos, procurar meus caminhos nos vales dos músculos. Fluirei devagar, dormirei nas axilas. Não preciso de casa. Não preciso de abrigo. A terra de tua carne é quente, e nada me ameaça. Posso deitar-me nua, tranqüila, ou ficar acordada olhando para o alto. O céu é calmo, as nuvens passam indo a outros lugares. Nenhuma traz a chuva ou a tempestade. Não preciso de pente, não preciso de panos. O orvalho da tua pele me banha de manhã, e a tua respiração arruma os meus cabelos. Só quero um cavalo. Galoparei com ele as dunas do teu corpo, descerei pelos braços, avançarei pelas mãos, arriscando-me a queda nos penhascos dos seus dedos. Explorarei teu ventre, matarei minha sede no poço do teu umbigo. E armada de desejo, penetrarei na selva de teus pêlos, emaranhada e perfumada noite, delta dos sumos, labirinto que imperioso me chama e suave me perde. Só depois, percorridas as pernas, visitado os pés, voltarei corpo acima; ventre, peito, subindo em peregrinação até o pescoço, repousando no vale da omoplata. Talvez leve um cantil, para a dura escalada do teu queixo. Subirei com cuidado, procurando a caverna das orelhas para repouso e abrigo. Barulho não farei, prometo. Nada que te perturbe. Talvez no dia seguinte, ou mais ainda, passando-se outro dia na difícil subida, eu procure chegar até os teus olhos. Se estiverem fechados, sentarei com paciência esperando o milagre da íris descoberta, o nascer dos olhos que se renova a cada despertar, o astro de luz surgindo sob o horizonte da pálpebra . Se estiverem abertos, sentarei a beira deste lago, fonte, olho d’água, encantada com a dança dos reflexos ilusórios, peixes deslizando suas sombras sobre um fundo sem algas. E haverá um momento em que vencendo o medo, mergulharei na transparência para nadar em direção ao redemoinho negro da pupila. A aresta do nariz é perigosa. Eu bem conheço sua linha sinuosa, sua falsa maciez sobre o duro arcabouço. Não convém que a acompanhe. Seguirei pelo lado, encostando-me às ventas, esgueirando-me para não ser tragada. Não tentarei desvendar o mistério do sopro. À boca chegarei com respeito. Irei pelo canto, para descer ao lábio inferior, o mais carnudo. Avançarei deitada, rastejando de leve na pele úmida, até chegar à borda. E me debruçarei sobre suas palavras… Breve me mudo para a curva do teu braço. Não saberei mais de você do que já sei. Nem você saberá mais de mim. Mas talvez assim tão perto, encostada na raiz do teu ser, eu possa me esquecer de onde começo, e me esquecer em ti na minha entrega…."

domingo, 10 de junho de 2012

MARY SHELLEY - ESCRITORA (Trecho do Filme Frankstein)

"EU DEI MEU CORAÇÃO À SABEDORIA, Á LOUCURA E AO DESTINO... E PERCEBI QUE TUDO É VAIDADE E CONSTRANGIMENTO... DEPOIS MUITA SABEDORIA SIGNIFICA MUITO PESAR... E QUEM AUMENTA O SABER AUMENTA O SOFRIMENTO DEUS HÁ DE JULGAR TODA OBRA E AÇÃO, POR MAIS SECRETAS... SEJAM ELAS BOAS OU MÁS... MARY SHELLEY (ESCRITORA)

PAUL GAUGUIN

Pintor francês do pós-impressionismo Paris, 7 de Junho de 1848 Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903 ... Eugène-Henri-Paul Gauguin apesar de nascido em Paris, Gauguin viveu os primeiros sete anos de sua vida em Lima, no Peru, para onde seus pais se mudaram após a chegada de Napoleão III ao poder. Seu pai pretendia trabalhar em um jornal da capital peruana e foi o idealizador da viagem. Porém, durante a longa e terrível viagem de navio acabou por ter complicações de saúde e faleceu. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua mãe e irmã. Quando voltou para seu país natal, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos. Aos 35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, que resultou Aos 35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao movimento impressionista da época. Expôs pela primeira vez em 1876. Mas não seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades econômicas, problemas conjugais, privações e doenças. Foi então para Copenhagen, onde acabou ocorrendo o rompimento de seu casamento. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, teve seguidores e pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida. Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente. O pintor parte para o Taiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Morou durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista. Tinha idéia de voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão de suas obras. Colocou à venda cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como por exemplo Theo Van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil (importante estabelecimento que trabalhava com obras de arte). Mesmo conseguindo menos de 3 mil francos, em meados de 1891 regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre tipos indígenas, como "Vahiné no te tiare" a("A moça com a flor") e "Mulheres de Taiti", além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa noa. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?", uma tela enorme que sintetiza toda a sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio utilizando arsênio. Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer de sífilis. Características da obra Gauguin desenvolveu as técnicas do "sintetismo" e "cloisonnisme" (alveolismo), estilos de representação simbólica da natureza onde são utilizadas formas simplificadas e grandes campos de cores vivas chapadas, que ele fechava com uma linha negra, e que mostravam uma forte influência das gravuras japonesas. A sua pintura é caracterizada por: Natureza alegórica, decorativa e sugestiva; Formas dimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas.

PAUL GAUGUIN - Mulheres de Taiti na Praia (1891, Paris)

Durante esta época o artista pintava muitos elementos da natureza. Mesmo não muito aparente, colocou uma flor no cabelo de uma das mulheres, como quem queria demonstar que estava fazendo algo diferente, porém não havia abandonado seu estilo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

MAYSA - Biografia

Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa foi uma cantora, compositora e atriz brasileira. Ao longo da sua carreira imortalizou uma discografia com mais de 25 títulos. Cristalizou uma das mais sensíveis obras da Música Popular Brasileira. Nasceu em São Paulo ou Rio de Janeiro em 06 de junho de 1936. morreu em Niterói, 22 de janeiro de 1977. Segundo algumas fontes, Maysa teria nascido na capital paulista, numa tradicional família do estado do Espírito Santo que logo se mudou para o Rio de Janeiro. Outras fontes, porém, afirmam que seu nascimento foi mesmo no Rio. Da capital paulista ou do Rio, é certo, no entanto, que em 1947 a família transferiu-se para Bauru, no interior paulista. Logo depois, mudaram-se novamente para a capital. Mesmo fixada em São Paulo, a família ainda mudaria de endereço várias vezes. Maysa era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. Estudou no tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca e no Sacré-Cœur de Marie, em São Paulo. As férias eram passadas em Vitória, onde reencontrava os tios e primos. Casou-se aos dezessete anos com o empresário André Matarazzo, dezessete anos mais velho, amigo de seus pais, e membro do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, de cuja união nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de cinema e telenovelas. Desquitou-se do marido em 1957, pois ele se opôs à carreira musical. Maysa teve vários relacionamentos amorosos, entre eles, com o compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário espanhol Miguel Azanza, o ator Carlos Alberto, o maestro Julio Medaglia, entre vários outros. Ao assumir o relacionamento com Miguel Azanza em 1963, Maysa estabeleceu residência na Espanha onde morou durante anos com o marido e o filho. Só retornou definitivamente ao Brasil em 1969. Na década de 70, Maysa se aventuraria pelo mundo das telenovelas e do teatro participando de produções como O Cafona, Bel-Ami e o espetáculo Woyzeck de George Büchner. Em 1977, um trágico acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói encerrava a carreira e o brilho da estrela, que foi um dos maiores nomes da música popular brasileira.